Reflexão sobre as obras

Sequência I, Fernando Pessoa ortónimo e heterónimos
                Posso considerá-lo um dos temas que mais me aliciou ao longo deste ano letivo. O estudo da poesia de Fernando Pessoa e respetivos heterónimos fez-me, de alguma maneira, desenvolver bastante o raciocinio, uma vez que ele era necessário para a interpretação e análise dos poemas.
                É bom saber que este fantástico poeta, com uma capacidade extraordinária de ser ele mesmo ou nada ele, é português e faz parte dos nossos estudos. Porque, se não o estudássemos, muito provavelmente, nunca conheceria tão bem a obra de Fernando Pessoa como conheço hoje.

Sequência II, Os Lusíadas e Mensagem
                Luís de Camões foi capaz de, com um simples dom para a escritar, criar uma obra-prima de grande valor. Inspirado na Odisseia e Eneida de Virgílio, o escritor conseguiu ultrapassar qualquer uma dessas obras e elevar os portugueses mais longe que os heróis da antiguidade. Foi o primeiro e quase único escritor a fazê-lo, utilizando o recurso a deuses pagãos e intrigas entre eles, em paralelo com a religião cristã.
                É certo que esta não foi, das obras estudadas, a minha predileta, no entanto, não posso deixar de admirar-lá e concordar que é uma das mais fantásticas obras de arte alguma vez conseguidas.
                E obrigado, Camões, por acreditares tanto no povo português. Nem imaginas onde estamos agora…
                Quanto à única obra de Fernando Pessoa publicada em vida, Mensagem, devo admitir que foi a obra em que menos me envolvi e sobre a qual não tenho um conhecimento tão aprofundado quanto as outras. No entanto, tem um conceito bastante interessante e volta a enaltecer o povo português, uma vez que Pessoa crê que o povo português é o único capaz de criar o Quinto Império. Ou não seria Mensagem se não enaltecesse o povo português, uma vez que se trata quase de uma reflexão sobre Os Lusíadas. Contrariamente à epopeia portuguesa, em Mensagem encontramos poemas que também elevam heróis como o Ulisses, da antiguidade.

Sequência III, Felizmente há Luar!
                Sendo um texto dramático, não foi uma obra que me desse grande prazer ler. Mas, após a sua leitura, apercebemo-nos da quão fantástica a sua história é. É uma história que nos desperta alguma raiva, e, posteriormente, vontade de lutar pelos nossos objetivos e crenças – não fosse esse o objetivo de Luís Sttau Monteiro, ao inspirar-se no teatro de Brecht.
                Gostei especialmente da personagem que é a Matilde, pelo seu caráter apaixonado e, no entanto, também lutador e corajoso.
               

Sequência IV, Memorial do Convento
                Memorial do Convento, em pé de igualdade com Os Maias, é sem dúvida, até hoje, um dos meus livros favoritos. Desde a histórias, ou histórias, que contém, à passagem do real para o fantástico e passando pela maneira estranha com que Saramago escreve.
                Esta obra consegue ter tanto de engraçado, com todas as ironias presentes, como de triste ou até mesmo de surpreendente, com os mais infimos e inesperados promenores que o escritor nos apresenta. É preciso abrir bem a mente e ler Memorial.
                A paixão de Blimunda e Baltasar apaixona especialmente o leitor e mostra o quão verdadeira pode ser uma relação. O voo da passarola faz-nos viajar para o fantástico e a dura construção do convento, faz-nos quase sofrer pelo povo.

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