Convento de Mafra
D. João V, que surge na obra como um monarca libertino e vulgar manda construir um monumento que é símbolo da ostentação régia, da opressão e da vaidade dos poderosos.
Quem se sacrifica na construção, acaba por não usufruir dela.
Contrariamente ao convento, a passarola é utilizada pelos seus construtores, Baltasar, Blimunda e o Padre Gusmão.
Blimunda
Número Sete
Sol
Lua
Cobertor
Colher
Quando partilhada, é um símbolo da aliança, do compromisso sagrado que vai unir para sempre as duas personagens populares. Exprime o amor autêntico, a atração erótica e apaixonada, a vivência plena do prazer. Símbolo do ritmo biológico da Terra, traduz a força vital que é representada pelas vontades recolhidas por Blimunda para fazer voar a passarola. Associado a Baltasar e ao povo, sugere a ideia de vida, de renovação de energias (o povo trabalha até à exaustão no convento, Baltasar constrói uma máquina, mesmo depois de decepado). Sete são as vezes que Blimunda passa em Lisboa, em demanda de Baltasar. Esse número regula os ciclos da vida e da morte na Terra e pode ligar-se à ideia de felicidade, de totalidade, de ordem moral e espiritual.
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