quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Luís Vaz de Camões


"No Mundo vi poucos anos, e cansados,
Vivi, cheios de Vil miséria dura:
Foi-me tão cedo a luz do dia escuro.
Que nao vi cinco Lustros acabados."



Luís Vaz de Camões nasceu em 1524 ou 1525, provavelmente em Lisboa (Coimbra também é geralmente apontada como o local de nascimento do Poeta), e morreu em Lisboa a 10 de Junho de 1580.

Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Pertencia a uma família da pequena nobreza e terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada.

Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se em amores com damas da nobreza.

Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas.

De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião pelos serviços prestados à Coroa.

Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cómico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente e influenciando gerações de poetas em vários países.

Camões foi um renovador da língua portuguesa; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. 

É considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.

Bibliografia

Narrativa épica
1572- Os Lusíadas (texto completo)

Lírica
1595 - Amor é fogo que arde sem se ver
1595 - Eu cantarei o amor tão docemente
1595 - Verdes são os campos
1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?
1595 - Sobolos rios que vão
1595 - Transforma-se o amador na cousa amada
1595 - Sete anos de pastor Jacob servia
1595 - Alma minha gentil, que te partiste
1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso

Teatro1587 - El-Rei Seleuco
1587 - Auto de Filodemo
1587 - Anfitriões

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