No final de cada canto, o poeta reflete sobre o que escreveu anteriormente, encerrando assim o seu discurso com uma vertente didática. Estas reflexões incluem-se no plano das reflexões do poeta e funcionam como criticas e conselhos aos portugueses.
Para além de referir os perigos enfrentados pelos portugueses e o tormento do mar, a guerra e o engano em terra, o poeta também faz um elogio
à expansão territorial para difundir a Fé cristã, expõe o seu patriotismo e encoraja
D. Sebastião a dar continuidade à obra grandiosa do povo português.
Nas suas reflexões há aplausos
e diversos lamentos aos comportamentos do povo português. Realça o valor das
honras e da glória alcançadas por mérito próprio, mas lamenta, por exemplo, que
os Portugueses nem sempre saibam aliar a força e a coragem ao saber e à
eloquência, destacando a importância das Letras. Critica os povos que não
seguem o exemplo do povo português que, com arrojo, chegou a todos os cantos do
Mundo, no entanto, queixa-se dos navegadores que pretendem alcançar a
imortalidade, dizendo-lhes que a cobiça, a ambição e a tirania são honras inúteis
que não dão verdadeiro valor ao homem.
Reflexões presentes na obra:
- A insegurança e as falsidades da vida;
- O desânimo do poeta face ao desprezo dos portugueses pelas letras, e em especial pela poesia;
- O valor da honra e da glória;
- O elogio à tenacidade portuguesa;
- A sua infelicidade;
- A crítica aos seus opressores;
- O poder do "vil metal" - ouro;
- O significado e o valor da imortalidade.
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